terça-feira, 17 de dezembro de 2013

"Mais uma vez e o último fim.
Nem me atrevo a repetir aos meus confidentes que "foi a última vez", mas sinto nas profundezas do meu eu que que foi o último, o último de todos os fins!
De cada vez que uma lágrima ameaça verter dou um grito mudo de reprovação que a impede. Nesse momento sinto que a alma se esconde com medo de tanto maltrato.
Desculpa, mas não fui capaz, não serei mais capaz... todas as negruras do passado bombeavam entre um e outro lóbulos. Não sou capaz de esquecer, talvez tão pouco perdoar...
Não te olhei no último Adeus, nem te disse o Adeus - porque era tão real. E não pretendo mais ver-te, mesmo que passes mim, os meus olhos serrarão até passar a névoa que me trazes!
Nunca te lembres de mim, liberta-me dos chamamentos nas horas que te ligam à dor..."

- Ana Raquel

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

"Amadurecer o que faltava"

Hoje apercebi-me que nos últimos meses tenho mudado bastante, "o bastante", atrever-me-ia mesmo a dizer que ando a "Amadurecer o que faltava"... - As contrariedades da vida assim mo abrigaram!
O choque de personalidades com as pessoas certas - aquelas que eram as erradas na minha vida levaram-me a desvalorizar o que/ quem não tem valor, a desvalorizar o dito cobardemente, o dito levianamente, o dito por vozes tresloucadas, o apenas dito - não falado!
A própria crise, a gestão do meu novo enquadramento socioprofissional fizeram-me assentar bem os pés no chão e me limpar dos pensamentos caprichosos, das atitudes impulsivas, dos atos irracionais...
tanto apenas de vez se foi e porque foi sinto-me limpa e já não olho para trás, porque já não quero, já não vale (nada vale, nada do que para trás ficou vale), já não sou capaz!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Às vezes sou implacavelmente fria!

Há cerca de um mês e meio atrás magoei alguém ao querer me afastar definitivamente dessa pessoa, por um motivo infundado. E então em momento de revolta e/ou tristeza essa pessoa descaíu que uma outra já lhe tinha avisado que eu era assim, alguém que em minhas costas desabafou que se desiludiu muito comigo. E sim, tive de engolir, pois sou mesmo assim. Capa de defesa, talvez... ou sou eu a tentar me desculpar pois:
- ou me magoam e deixo de sentir essa pessoa;
- ou me magoam e viro "neurótica" como um certo ser já me chamou e depois abandono essa pessoa completamente - e essa também se sente abandonada;
- ou sinto que aquele não é o caminho e deixo de lidar para deixar de sentir (qualquer tipo de afeto);
- ou desculpo-me dizendo que não tenho tido tempo para x e y e vou abandonando cada vez mais alguém, até k passam meses ou mesmo anos que não vejo, que não telefono;
- ou...
E assim, abandonei amigos, familiares, e amores ou quase amores...
Sou fria sim, para poucos me tentarei recompor - o sangue é sem dúvida algo que me circula Ainda.
E a uns tantos poucos que não se ligam a mim por sangue, mas por um afeto de amizade saudável, acho que me deverão perdoar e não me deixar ir, se não eu vou... vou mesmo! E deixo de sentir...

domingo, 12 de maio de 2013

Nunca virei para ficar...

Meu amor voltou, mas não veio para ficar...
Até pareceu ser eu a o mandar de volta para o que o tivera levado de mim... mas não, ele foi porque nunca veio, nem nunca tornará ou tornaria para ficar.
E a dor?
"Não se pode ter tudo..."
Mais que nunca é mais forte a dor que não é minha, que aquela a que mereço certamente respeito. Há alguem que um dia se perdeu e viu perdido o seu amor por "anelamento" para um outro alguem. Várias vezes se tentara (ou não) se reencontrar nos regaços de um outro alguem, mas sem sucesso pela agonia que a perda, jamais aceitada, anterior lhe causara. E esta dor que partilho é tamanha que afunda a minha... "Consegue ser maior a dor que sinto pela dor que sentes do que aquela que me causaste, como pode?"
Queria ter sido capaz de te entender e te abraçar e dizer que tudo passaria... Que a amiga ficaria sempre, sem cobranças, sem... mas não fui.
Sei que nunca lerás isto, mas tudo o que disse nos últimos resquícios de malvadez não foi sentido. Queria mesmo que te reencontrasses, que conseguices o motivo de paz k te apaziguasse o coraçao... Ques voltasses a sorrir plenamente e alcançasses igualmente a plenitude do bem estar de felicidade que todos procuramos. Um abraço forte e até outra vida...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Pensei saber-te, mas não...



‎"Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
... De qualquer semelhança no fundo."

Fernando Pessoa
 
 

sábado, 26 de janeiro de 2013

Ora bem, hoje foi um dia a refletir. Fui à Areia. (Eu bem não ia à montanha, mas Maomé que é Maomé... Não...) Pelo caminho vi uma das minhas crianças e que saudades senti, mas não tive coragem de parar e lhe falar, quem sabe um dia não volte!
Fui ao Dicafé (Naquela santa terra é Dicafé, Tcafé, ... será que há o Picafé? Era giro!) - deram-me a chave e entretanto começou a minha explicação! Finda esta quando me preparo para arrancar (já no carro) um sr cuja idade já não perdoa, raquitico por entroikamento tenta me explicar que precisa de uns trocos para um prato de sopa. Oh pah Merda, Merda, MERDA! Anda um tipo, possivelmente com netos, bisnetos e trinetos, com todo um património genético e experimental que lhe deveria conceder chegar a este estágio da vida com toda a dignidade que os cabelos brancos denotam a se rebaixar para sobreviver. Ou melhor para não morrer ainda mais infimo do que toda esta congetura económica para a qual nos arrastaram lhe confere!
(Agora derigido à minha irmã com quem reformulei os meus planos de vida:)
É mana, deste ano não passa, vamos bazar deste resquício de Península Ibérica!